Márcia Brandão - Psicopedagoga

Por Márcia Brandão
www.instagram.com/marciabrandao.psicopedagoga/

30 de setembro de 2016

Motivação é coisa séria


Qual a relação entre o TDAH e a Motivação?
Se você tem TDAH, ou convive de perto com alguém que tem, certamente em suas pesquisas, você já ouviu falar muito sobre a motivação – ou a falta dela – nas pessoas com TDAH.
As pessoas em geral ouvem falar em motivação, e de uma maneira ou de outra, todas têm uma compreensão do que ela seja – ou ao menos do que ela significa em termos de comportamento humano e postura diante da vida.
Na verdade, se você quer entender melhor e ajudar a si mesmo, ou alguém com TDAH, é preciso compreender melhor o que é de fato e como funciona a motivação.
Primeiro vamos falar sobre o que é, e como a falta da motivação afeta as pessoas com TDAH. Em seguida, vamos explicar porque as pessoas com TDAH não conseguem se automotivar, nem se manter motivado por muito tempo.
Para começar, a motivação não é simplesmente um comportamento que a gente adquire, aprende e pronto. É claro que uma criança que nasce e cresce em um ambiente cujas pessoas a sua volta são automotivadas e motivadoras, tenderá a repetir este comportamento, esta postura diante da vida, porém, não necessariamente, pois a motivação também depende de fatores orgânicos, biológicos.
Com certeza, para a maioria das pessoas com TDAH, conviver com pessoas motivadas e motivadoras, apesar de ser bom e ajudar, não será o suficiente para que ela própria desenvolva alguma capacidade de se automotivar.
Este assunto é tão sério e nevrálgico, que o Dr. Russell Barkley, um dos maiores especialistas em TDAH do mundo, prefere dizer que o TDAH é um transtorno de motivação e não de atenção.
Mas, por que a motivação é tão importante? Quão danosa pode ser na vida de uma pessoa, a falta, deficiência, incapacidade ou inabilidade para se automotivar?
A falta de motivação gera prejuízos em efeito cascata.
A falta de motivação prejudica diretamente duas funções cognitivas essenciais ao desempenho global de qualquer ser humano: atenção e memória.
Para fazer qualquer coisa na vida, precisamos de memória. A importância da memória é tanta, que pode se afirmar, que sem a memória não existiria civilização, não existiriam as nossas culturas e sociedades.
Para que a memória exista e funcione, ela precisa da atenção e da motivação.

A atenção, por sua vez, é intrinsecamente dependente da motivação.

Fonte: Motivação é coisa séria. ABDA. sexta, 15 Abril 2016. Disponível em: www.tdah.org.br

28 de setembro de 2016

5 componentes essenciais na fixação de Memórias

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A neurociência nos ensina, que para que possamos fixar uma informação e resgatá-la posteriormente, ou seja, memorizar, lembrar e relembrar, os mecanismos cerebrais necessitam de 5 componentes:

#1. Nível de consciência: estar desperto, não muito cansado, bem nutrido e calmo.


#2. Atenção global e capacidade de manter a atenção concentrada no conteúdo a ser fixado.

#3. Sensopercepção preservada.

#4. Interesse e substância emocional relacionados ao conteúdo a ser fixado, assim mo do empenho do indivíduo em aprender (vontade e afetividade). 

#5. Conhecimento anterior: elementos já conhecidos ajudam a adquirir elementos novos.


FONTE: Trecho retirado do artigo Motivação é coisa séria, escrito pela ABDA



19 de setembro de 2016

Emoção leva a cognição para patamares intocáveis




O espaço escolar precisa ser voltado para a educação emocional. O sistema límbico - território das funções afetivas no encéfalo - tem que ser compreendido no que diz respeito à sua funcionalidade. Emoções e sentimentos movem os seres humanos e afetividade, enquanto aliada ao fazer educativo, pode fazer a diferença na vida de professores e alunos, consolidando memória e construindo aprendizados.

Em suma, o educador deve buscar na afetividade o meio por onde vai construir o seu fazer pedagógico. Os laços afetivos entre professor e aluno garantem uma aprendizagem mais feliz, sem traumas e sem dores. Mais confiantes se tornam os alunos e mais educador se sente o professor. A cognição não vem antes da emoção; é a emoção que leva a cognição para patamares intocáveis.

A memória é uma faculdade cognitiva de extrema importância, pois ela carrega a base de todo o nosso saber.

Desde o nosso nascimento, é pela memória que constituímos a base do conhecimento de toda a nossa vida. Conhecimentos dos mais básicos como o ato de andar, falar e comer, ou até os mais complexos, só são possíveis graças à capacidade de armazenamento de experiências do nosso cérebro através da memória.

Armazenando lembranças de experiências positivas e negativas nós podemos decidir quais atitudes tomar ou evitar, como devemos agir diante de tal situação e até nossas preferências e costumes e dessa forma a nossa personalidade se amolda. O registro dessas experiências através de fatos vividos e observados, podem ser resgatados quando necessário, faz com que a memória seja a base para aprendizagem.

Fonte: Marta Relvas