Márcia Brandão - Psicopedagoga

Por Márcia Brandão
www.instagram.com/marciabrandao.psicopedagoga/

30 de agosto de 2016

Desperte sua Atenção!



Como qualquer uma das nossas habilidades cognitivas, nossa atenção melhora com a prática.

Desenvolver nossa atenção nos ajuda a processar mais informações eficientemente.

Se a memória controla o recipiente onde nossos pensamentos são armazenados, então a atenção é que abastece esse recipiente.

O treinamento cerebral ajuda a fortalecer nossa concentração através de exercícios desenvolvidos especificamente para essa finalidade.

COMO FUNCIONA NOSSA CAPACIDADE DE ATENÇÃO?

A Atenção é a função do nosso cérebro que aloca corretamente nossos recursos de processamento, e é geralmente definida como nossa habilidade de seletivamente focar em uma coisa, ideia ou tarefa, enquanto filtramos as outras distrações.

Existem várias maneiras de descrever os diferentes tipos de atenção:

*Atenção concentrada: é a nossa habilidade de se concentrar em uma coisa enquanto excluímos outras coisas à nossa volta, como quando estamos estudando ou dirigindo.

*Atenção sustentada: é a habilidade de se concentrar em uma tarefa por um período de tempo contínuo sem ser distraído, como se manter atento durante uma longa reunião.

*Atenção seletiva: é a habilidade de evitar distrações de estímulos tanto externos (barulhos) quanto internos (pensamentos). É quando você consegue “selecionar” em qual estímulo você presta atenção. Por exemplo, conseguir se concentrar na voz do professor numa sala lotada e barulhenta.

*Atenção alternada: quando você muda o foco da sua atenção ou alterna entre diferentes tarefas que tenham diferentes níveis de exigência de compreensão. Por exemplo, quando você lê uma receita (aprender) e depois a executa (fazer).

*Atenção dividida: é nossa habilidade de responder simultaneamente a múltiplas tarefas. Quando nós somos capazes de processar duas ou mais respostas ou reagir a duas ou mais demandas diferentes simultaneamente, nós utilizamos nossa atenção dividida. Por exemplo, verificar e-mail enquanto participa de uma reunião, conversar com os convidados enquanto cozinha, entre outras coisas.

23 de agosto de 2016

Aumentar a produção de novas células cerebrais pode ajudar a fixar novas memórias

O que os novos neurônios fazem
Cientistas acreditam que aumentar a produção de novas células cerebrais pode ajudar 
a fixar novas memórias e contribuir para reverter transtornos de ansiedade.

Essencialmente, a memória envolve recordar e registrar. Na maioria das vezes é o processo inicial – pelo qual uma lembrança viva e detalhada pode retornar devido a uma única visão, aroma ou sabor – que inspira admiração. O sabor de uma madeleine mergulhada em uma xícara de chá de imediato transporta o narrador de Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, de volta para as manhãs de domingo de sua infância, por exemplo. 

A capacidade de sugestões sensoriais invocarem a lembrança de uma experiência anterior – processo denominado reconhecimento de padrão de memória – é uma das funções mais importantes do hipocampo. No entanto, antes de uma memória ser recuperada, ela deve ser fixada corretamente. Gravar detalhes de um acontecimento de forma que nos permita distinguir um do outro – separação de padrão – é outra função básica do hipocampo. Graças a essa capacidade, que parece estar ligada à produção de neurônios novos, podemos (quase sempre) lembrar onde estacionamos o carro hoje de manhã, em oposição a onde paramos ontem ou na semana passada.
Neurônios recém-criados no giro denteado do cérebro (ao lado) participam da “separação de padrão”, capacidade de distinguir experiências semelhantes. Os autores propuseram uma hipótese para explicar como neurônios novos contribuem para a separação de padrão (A) e por que a falta deles pode fazer alguém confundir uma situação não ameaçadora com uma assustadora do passado (B), como ocorre no transtorno de estresse pós-traumático.

A. Como neurônios novos realçam as diferenças em experiências

Neurônios novos podem apoiar a separação de padrão ao codificarem novas informações melhor que as células mais antigas, mas os autores preferem uma visão diferente: após o estímulo do mundo exterior ativar células cerebrais jovens e maduras, as jovens induzem neurônios inibitórios a reprimir grande parte da atividade do giro denteado (
sombreamento leve). Esse efeito realça os detalhes distintivos de ambos a uma experiência nova (vermelho) e a uma recordação de experiência semelhante (amarelo), que pode ser mais trágica.
  

 B. Sem neurônios novos, reina a confusão

Segundo a hipótese do autor, a ausência de neurônios novos elimina os efeitos inibitórios das células no giro denteado. Assim, mais células disparam em resposta a novos registros e às memórias que evocam. Em consequência, as representações neurais dos acontecimentos podem se sobrepor exageradamente, provocando assim – de modo inadequado – a percepção de mistura dos dois acontecimentos.


Fonte:
Mazen A. Kheirbek e René Hen. O que os novos neurônios fazer. Mente e Cérebro. outubro de 2014. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/>

Um bom treino cognitivo traz benefícios no processo de velhice





Na corrida contra a demência

Com o aumento da expectativa de vida, chegam também os “males” dos desgastes impostos pelo tempo. A demência, que nos rouba de nós mesmos, talvez seja um dos mais temidos.

“Sorte daqueles que não têm de morrer”, diz um provérbio tibetano que volta e meia me vem à cabeça. A frase – ligeiramente irônica, já que a finitude é inevitável – tem como contexto a crença na lei de causas e consequências, segundo a qual teremos de nos haver com as repercussões de nossos atos, intenções e palavras – nesta ou em outras existências. E não porque tenhamos de ser castigados, mas sim porque prevalece a ideia de que nada nos acontece sem que, em algum momento, tenhamos criado as causas para isso. Fazendo uma releitura do ditado oriental, tomo a liberdade de dizer teríamos sorte se não tivéssemos de envelhecer. Esse desfecho não é inevitável, claro, mas a alternativa também não parece nada atraente. Na maioria absoluta, ansiamos pela vida. O problema é que com o aumento dessa expectativa chegam também os “males” dos desgastes impostos pelo tempo. A demência, que nos rouba de nós mesmos, talvez seja um dos mais temidos. 
O mais prevalente desses quadros, é a doença de Alzheimer. A patologia pode ter evoluído concomitantemente com a inteligência humana. Em artigo publicado há algumas semanas no periódico científico bioRxiv, cientistas afirmaram ter encontrado evidências de que há entre 50 mil e 200 mil anos a seleção natural impulsionou mudanças em seis genes envolvidos no desenvolvimento cerebral, o que pode ter contribuído para aumentar a conectividade neuronal, tornando os humanos modernos mais inteligentes à medida que evoluíram de seus ancestrais hominídeos. Essa nova capacidade intelectual, porém, não veio sem custo: os mesmos genes estão implicados no Alzheimer. O geneticista Kun Tang, do Instituto de Ciências Biológicas de Xangai, na China, que liderou a pesquisa, especula que o distúrbio de memória se desenvolveu à medida que cérebros em processo de  envelhecimento lutavam com novas demandas metabólicas impostas pela crescente inteligência. 
Mas essa é só uma parte da história: se a capacidade de aprender e memorizar nos penaliza, é ela também que acena com a possibilidade de afastar a manifestação do Alzheimer, às vezes por vários anos ou até por toda a vida. Nesta edição, o neurocientista David A. Bennett, diretor do Centro Rush da Doença de Alzheimer em Chicago, um dos mais renomados pesquisadores na área, revela uma descoberta surpreendente: pessoas com a mesma condição cerebral podem apresentar estado mental completamente diferente, enquanto uma perde a memória, outra se mostra lúcida e capaz. Ou seja, mais importante do que o estado físico dos tecidos, é o uso que se faz deles, apesar dos danos. 
Para ganhar a corrida contra a demência, duas armas são fundamentais: afeto e exercício intelectual. Apostar no que faz bem, manter pessoas queridas por perto, cultivar relações de intimidade, cuidar de animais e se divertir, movimentar o corpo, passear, falar mais de um idioma e aprender coisas contribui para postergar o surgimento do Alzheimer e diminuir o número de anos que se passa doente no fim da vida. Curiosamente, parece que a prevenção está justamente no que tende a nos tornar mais felizes.

FONTE:  LEAL, Gláucia. Na corrida contra a demência. Julho de 2016. Disponível em:

*Este artigo foi publicado originalmente na edição de julho.2016 de Mente e Cérebro.

10 de agosto de 2016

11 conselhos essenciais para você ajudar seu filho com a lição de casa


Como ajudar seu filho a estudar melhor

COMBINE AS REGRAS DA LIÇÃO
Combine com o seu filho uma rotina para as lições de casa: onde será feita, em que horário, quanto tempo vai durar...

AMBIENTE APROPRIADO

O bem estar é super importante, quanto mais confortável seu filho estiver, melhor. Prefira que ele se sente em uma cadeira em frente a uma mesa.

DISPOSIÇÃO EM ALTA

Na hora da lição seu filho precisa estar bem disposto. Ou seja: não pode estar cansado, com fome, irritado, distraído... 

NADA DE BARULHO
Desligue a televisão e o rádio e elimine sons que possam atrapalhar a concentração.

MUITA ORGANIZAÇÃO

Auxilie-o a organizar todo o material que usará e verifique, junto ao seu filho, quais as atividades a serem realizadas e qual a data de entrega. Ajude-o a organizar o tempo, evitando que ele acumule as tarefas.

SEM DAR RESPOSTAS
Se o seu filho tiver dúvidas, ajude-o com dicas para ele pensar e chegar as suas próprias conclusões, mas não responda por ele.

SEJA EXEMPLO!
Faça coisas parecidas com a lição do seu filho. Evite fazer no momento algo que pareça mais "interessante".

VALORIZE O ESFORÇO DO SEU FILHO

Mostre interesse pela lição mesmo que não conheça o conteúdo. Converse com ele sobre o que aprendeu de novo na escola.

INCENTIVE-O A REVER A LIÇÃO

Ensine seu filho a revisar o que fez, sejam contas ou textos, pois normalmente as lições são feitas de forma corrida para que logo possa brincar. 

ESTIMULE-O, MAS NÃO O ENSINE

Não tente ensinar a matéria do seu jeito, isso pode confundir o seu filho. É preciso realizar a tarefa conforme solicitado, ajudando-o a relembrar o conteúdo ensinado pelo professor.

ACOMPANHE A CORREÇÃO DA TAREFA

Veja se a lição foi corrigida. A falta de correção por parte do professor pode desestimular o aluno e ele entende que o esforço não valeu a pena. Se isso acontecer converse com o professor.




6 de agosto de 2016

PROCURE UM PSICOPEDAGOGO



O seu filho ou o seu aluno apresenta: 

Notas baixas em diversas disciplinas? 

Desinteresse ou mesmo aversão à escola? 

Inversão de letras? 

Dificuldade de aprendizagem? 

Possui leitura lenta? 

É hiperativa ou tem dificuldades em prestar atenção durante muito tempo?


Qual a função do Psicopedagogo?

O trabalho do psicopedagogo é entender e avaliar como se dá o processo individual de aprendizagem do aluno e pensar em estratégias para facilitar esse processo.
Após alguns testes, conversas com os pais e professores e sessões com o aluno, o psicopedagogo consegue construir um diagnóstico da criança, entendendo como ela se relaciona com o mundo do conhecimento. Algumas crianças são bastante visuais enquanto outras são auditivas. Outras preferem entender um raciocínio por meio de desenhos, gráficos e esquemas, enquanto algumas são mais narrativas e preferem ler textos explicativos. Além disso, cada criança apreende de uma forma diferente. Enquanto uma se dá bem com aulas expositivas outras só aprendem na prática por meio de atividades e exercícios.
A ideia é que, após um tempo, o aluno interiorize as estratégias que melhor se adequam ao seu estilo de aprendizagem e se torne autônomo para que sozinho estude e aprenda novas habilidades.