Márcia Brandão - Psicopedagoga

Por Márcia Brandão
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22 de outubro de 2017

5 questões essenciais a serem consideradas no momento de buscar o diagnóstico



Pais, vocês já perceberam, ou foram alertados pela escola, que algo não está indo bem no desenvolvimento e/ou na aprendizagem dos seus filhos?

Mas e agora, o que fazer?

Primeiramente, mantenha a calma! Agora é hora de buscar uma ajuda profissional.

Contudo, é preciso ficar atento e ter prudência nesse momento.

Pois, na busca ansiosa por um profissional capaz de dar o diagnóstico correto diante aos problemas apresentados e denominar o que há de errado com o filho, muitos pais se esqueçam de questões essenciais que devem nortear a procura e o processo, e ficam fixados apenas em encontrar o diagnóstico e, por vezes, se esqueçam que o mais importante no momento é solucionar o problema.

De fato, encontrar a razão do que vem causando tanta aflição no processo de desenvolvimento e aprendizagem do filho, que refletem em problemas no meio familiar, social e escolar, é sim relevante.

Porém, é necessário que se pense sobre 5 questões essenciais a serem consideradas no momento de buscar o diagnóstico

Então, é hora de compreender o que realmente importa nesse momento:

1 – Façam a si mesmos as seguintes perguntas: estamos em busca da denominação do problema ou da solução dos problemas do nosso filho?

2 – Compreendam que identificar os prejuízos a serem tratados é tão ou mais essencial que denominar o que os causa. Ainda que, a denominação tenha sim sua importância e faça parte do diagnóstico.

3 – Entendam que nesse momento o mais importante é saber como auxiliar seu filho a superar as dificuldades apresentadas.

4 – Aceitem que diante ao resultado da avaliação diagnóstica, identificada as dificuldades que interferem no processo de desenvolvimento e aprendizagem de seu filho, é preciso, desde já, iniciar o tratamento. Independente de ter sido dado, ou não, um nome as causas do problema.

5 – Observem a proposta terapêutica. O profissional que conhece os problemas, que causam prejuízos ao desempenho de seu paciente, tem o saber necessário para desempenhar atividades que visam o seu desenvolvimento e assim impulsionar sua capacidade para resolver questões pertinentes à sua vida familiar, social e escolar.

E, de agora em diante, sejam parceiros nesse processo, sigam as recomendações e orientações para as modificações necessárias, apoiem seu filho, compreendam suas necessidades, mas não deixem de dar a ele a independência e a autonomia necessária para o seu processo de desenvolvimento.

Essa informação lhe ajudou? Quer saber mais?
Então leia também o artigo que há de errado com o meu filho?

Por Márcia Brandão

9 de outubro de 2017

10 ações essenciais ao bom professor



Professor, você já se perguntou por que o seu aluno não aprende ou por que ele não gosta da sua aula?

Decerto, as respostas a essas perguntas podem ser um tanto quanto complexas e, às vezes, só poderão ser esclarecidas através da avaliação de algum especialista; porém, existem algumas atitudes que você deve exercer em sua função pedagógica e que podem contribuir, e muito, para o melhor aprendizado e interesse dos seus alunos.

Você sabe quais atitudes são essas? Talvez você até já as utilize em seu fazer diário como professor, caso sim, parabéns! Você está na lista dos bons professores.

Quer saber quais são elas? Então continue sua leitura e veja quais são as 10 ações essenciais ao bom professor.

# 1 CONHEÇA OS SEUS ALUNOS

Professor, o que você sabe sobre o seu aluno?

Entender e identificar quais são as dificuldades, assim como as habilidades, as reações e os comportamentos daqueles que ensinamos, é fundamental ao bom desenvolvimento da aprendizagem.

Diante a qualquer dificuldade do aluno é importante que o professor reflita sobre o que pode estar interferindo em seu aprendizado: será o seu método de ensino ou será uma questão pessoal do aluno?

Conhecer, assim como acolher o aluno perante suas dificuldades, trará um novo caminho na aprendizagem, que surtirá de início já bons resultados, ainda que o aluno necessite de um auxílio profissional específico.

# 2 FAVOREÇA O ACESSO AO SABER

Nem todos os alunos aprendem da mesma forma, por isso o seu método não funcionará e não agradará a todos, daí a importância de conhecer e entender a forma como cada um absorve o conhecimento, e assim favorecer o acesso ao saber, permitindo aos seus alunos agir sobre o que lhe é ensinado através de suas diferentes formas de aprender.

Para tanto, é fundamental que o professor encontre diferentes maneiras de expor o seu conteúdo, ou seja, ora de forma verbal, ora visual, ora através da experiência e estudo de casos, ou unir cada uma delas em um único momento, para assim despertar e facilitar o aprendizado dos seus alunos, seja qual for o estilo de aprendizagem de cada um.

# 3 COMPREENDA OS MEDOS E ANSEIOS

Perceba e compreenda como o seu aluno reage diante à participar de trabalhos em grupo ou ler em voz alta.

Muitos alunos apresentam uma personalidade tímida e insegura, você não pode esperar que todos reajam de forma positiva a tudo que sugerir, entenda os medos e anseios de seu aluno e evite constrangê-lo diante a uma reação de hesitação nessas ações, pois, ao agir dessa maneira, provavelmente, você irá afastá-lo ainda mais do conhecimento.

A responsabilidade e o respeito pelos sentimentos do outro é um dos aspectos mais importantes na relação entre professor e aluno.

# 4 AUXILIE O ALUNO EM SEU APRENDIZADO

Percebida e/ou já confirmada à dificuldade de um aluno perante a aprendizagem, dê a ele a oportunidade de compreender no que precisa melhorar e incentive-o de forma construtiva. Se necessário, recomende uma ajuda profissional quando notar de que ele precisa de um maior auxílio, além do seu apoio.

Saiba que, ao se sentir acolhido por um professor que se interessa por ele, o aluno pode retribuir esse acolhimento renovando e despertando o seu interesse pela aprendizagem.

# 5 NÃO SE PONHA EM UMA POSIÇÃO SUPERIOR DE DETENTOR ABSOLUTO DO CONHECIMENTO

A conduta do professor diante aos seus alunos influi sobre a motivação, afetividade, e a determinação do aluno ao aprendizado.

Não se coloque numa posição superior de detentor do conhecimento, do tipo que só aplica provas dificílimas, que não tem tempo para explicar uma segunda vez e que não mantém um espaço para a aproximação do aluno...

Pois, o bom professor transmite aos seus alunos a sua disponibilidade, e não a sua ausência.

Mostre aos seus alunos que os ouve, que reconhece suas realizações, assim como suas dificuldades, que os apóia e que respeita o ritmo e estilo de aprendizagem de cada um, e, dessa forma, estará aproximando-os ainda mais do objeto do conhecimento.

# 6 PROMOVA UM BOM RELACIONAMENTO COM SEUS ALUNOS

O bom relacionamento entre professor e aluno torna o aprendizado mais eficiente, fazendo com que exista um maior comprometimento de ambas as partes.

Ver os seus alunos interessados, com certeza, despertará em você uma maior vontade de ensinar e partilhar o seu conteúdo. E, do outro lado, estará o aluno sentindo-se mais seguro, aprendendo com mais facilidade e aventurando-se com mais segurança no terreno da aprendizagem, e considerando-a mais estimulante.

Portanto, seja aquele professor que cria um vínculo positivo e seguro com seus alunos, sem deixar de agir de forma na qual seja respeitado e admirado.

# 7 CRIE UM AMBIENTE DE APRENDIZAGEM ESTIMULADOR

O processo de aprendizagem deve ter sempre um sentido lúdico, seja o seu aluno uma criança, um adolescente ou um adulto.

Para tanto, desperte em seus alunos a curiosidade diante ao conteúdo lecionado, crie um ambiente de aprendizagem estimulador com recursos e atividades variadas, filtre o que é realmente importante a ser aprendido por eles, ou os dê uma maior compreensão do porquê de estar estudando tal conteúdo.

Faça com que eles se envolvam e participem em suas aulas, sem que se sintam obrigados.

# 8 ACREDITE NA CAPACIDADE DE SEU ALUNO

Classificar seu aluno como um mau aluno e pronto, vendo-o como um ser preguiçoso e desinteressado, fará somente com que ele se torne um aluno ainda mais desinteressado, que vê você, professor, como um péssimo professor.

Por isso, é fundamental que o educador acredite na capacidade que todos têm de aprender, ainda que, cada um no seu próprio ritmo.

Contudo, você precisa estar atento se a sua proposta de trabalho está sendo compreendida por todos, e assim, se necessário, reorganizar suas atividades diárias encontrando novos caminhos para uma melhor aprendizagem.

# 9 ENSINE SEUS ALUNOS A APRENDEREM COM OS ERROS

Dê uma maior abertura para que seus alunos tirem dúvidas sobre um conteúdo não compreendido ou diante a uma nota ruim, incentive-os e ensine-os a aprenderem com os erros. Errar é uma das melhores maneiras de se aprender.

# 10 AVALIE SEUS ALUNOS DE DIFERENTES MANEIRAS

Pode ser que alguns de seus alunos não apresentem um bom desempenho ao realizar suas avaliações escritas, mas isso não significa que não estejam compreendendo o que lhe é ensinado, existem inúmeras razões que fazem com que um aluno não apresente um bom desempenho no momento das provas.

Avaliá-los por meio de provas difíceis não medirá seu aprendizado, apenas lhe causará uma reprovação ou uma desmotivação desnecessária.

Portanto, encontre diferentes meios de confirmar se o seu aluno chegou ao propósito de aprendizado daquele conteúdo.

Mas, se ainda assim, ao fornecer diferentes maneiras de avaliar o aluno, notar que o problema está além do que você pode auxiliar, tendo já aplicado todas as atitudes descritas anteriormente, e o seu aluno não compreende o que lhe é ensinado, não tenha dúvidas, indique este aluno a uma avaliação e acompanhamento profissional que, certamente, poderá melhor auxiliá-lo em seu processo de aprendizagem.


Por Márcia Brandão

4 de outubro de 2017

Você já observou seu filho hoje?


Você sabe por que é importante observar o comportamento do seu filho?

Provavelmente, em algum período do desenvolvimento do seu filho, vocês já escutaram de alguém ou de algum médico, que não precisam se preocupar caso ele ainda não tenha adquirido alguma aprendizagem que outra criança da mesma idade já apresenta, pois cada criança tem o seu tempo. Não é!?

Cuidado! Não espere o tempo passar para descobrir o que não vai bem desde já.

Você já observou seu filho hoje?

Observar rigorosamente o desenvolvimento infantil, desde seus primeiros meses, é tarefa fundamental que deve ser empreendida pelos pais e médicos, assim como, pelos demais profissionais de saúde e educação que lidam com a criança.

Se algo não parece adequado ou existem dificuldades e falhas nos processos de desenvolvimento motor, de linguagem, de aprendizagem ou comportamental, é hora de investigar o que pode estar causando esse prejuízo no desenvolvimento da criança.

Problemas no desenvolvimento ou atrasos na aquisição de novas aprendizagens podem sinalizar, desde muito cedo, que uma criança poderá ter dificuldades significativas, em curto ou longo prazo, em sua capacidade de aprender e de se adaptar aos contínuos desafios existentes nas relações sociais.

Portanto, quanto antes os pais souberem o que pode estar causando falhas na adequada evolução do desenvolvimento de seus filhos, menores (ou nenhum) serão os prejuízos em seu futuro escolar, acadêmico e profissional, assim como, em sua vida social.

Por Márcia Brandão