
Você compreende a diferença entre Dificuldade e Transtorno de aprendizagem?
Ainda hoje muito se confunde na definição de um Transtorno ou de apenas uma dificuldade na aprendizagem, e isso muitas vezes ocorre devido à busca de uma explicação imediata para o causador dos problemas de aprendizagem em uma criança, esquecendo-se por vezes dos inúmeros fatores que estão envolvidos nesse processo, dando assim maior atenção as características apresentadas, e as relacionando a algum Transtorno de Aprendizagem.
Contudo, é importante destacar que muitas das dificuldades que envolvem a aprendizagem são, em grande parte, oriundas de falhas exclusivamente pedagógicas ou da falta de estimulação adequada, assim como das relações estabelecidas durante o processo de desenvolvimento infantil.
Portanto, conhecer e distinguir uma Dificuldade de um Transtorno de Aprendizagem é fundamental no direcionamento das estimulações e intervenções pedagógicas, a fim de se evitar as angústias da criança em encarar o seu processo de aprendizagem.
Mas afinal, o que diferencia Dificuldade de Transtorno de Aprendizagem?
Quando falamos em Dificuldades de Aprendizagem nos referimos a toda e qualquer questão que gere problemas no desempenho escolar da criança ou do adolescente.
São classificadas como dificuldades mais pontuais e que podem ser desenvolvidas por questões pedagógicas, por falhas na metodologia de ensino utilizada, pelo ambiente físico e social da escola, assim como por deficiências visuais ou auditivas, problemas emocionais, comportamentais ou neurológicos.
Quanto aos Transtornos de Aprendizagem, esses estão exclusivamente relacionados às disfunções cognitivas e neurofuncionais, e apontam para dificuldades na aquisição normal da aprendizagem em três domínios acadêmicos – leitura, escrita e matemática.
Tais dificuldades não têm qualquer relação com o nível de inteligência da pessoa, apontando assim uma discrepância entre o que representam na escola e o que fazem na vida. Ou seja, não são incapazes de aprender, mas a forma como aprendem é que é diferente, e isso requer atenção e métodos de ensino apropriados.
Existem alguns sinais que podem ser indicativos de um Transtorno de Aprendizagem como:
.História familiar semelhante;
.Atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, em áreas motoras e de linguagem;
.Dificuldades na memorização de atividades que envolvam a linguagem – leitura, letras, formas gráficas e números;
.Dificuldade crônica e persistente para aprender as habilidades acadêmicas, mesmo aparentando ser muito inteligente e sem sinais de problemas neurológicos;
.Dados clínicos como baixo peso ao nascer, prematuridade, crises convulsivas, traumatismos, entre outros.
Entretanto, em alguns casos, as dificuldades desenvolvidas por um Transtorno podem não se manifestar completamente até que as exigências pelas habilidades acadêmicas afetadas excedam as capacidades limitadas do indivíduo.
Os Transtornos de Aprendizagem são classificados como: Dislexia, Disgrafia, Disortografia, Discalculia e Transtornos não-verbais
A avaliação dos Transtornos é exclusivamente clínica, e deverá ser realizada através de avaliações interdisciplinares que podem revelar déficits cognitivos, anormalidades na estruturação da linguagem e dificuldades pedagógicas persistentes nas habilidades de leitura, escrita e matemática.
Diagnosticada essa condição, será necessário que o ambiente escolar faça ajustes em sua metodologia para que a criança ou o adolescente não passe por sofrimentos desnecessários em seu processo de aprendizagem, pois o esforço mental dessas pessoas é maior do que as de desenvolvimento típico.
Todavia, independente do caso, o trabalho de intervenção deve ser direcionado a investir no potencial do sujeito, ajudando-o a superar as suas dificuldades sejam elas causadas por Transtornos ou não.
Essa informação lhe foi útil? Esclareceu suas dúvidas?
Quer saber mais? Fique de olho nos próximos artigos.
Por Márcia Brandão
Por Márcia Brandão
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