Márcia Brandão - Psicopedagoga

Por Márcia Brandão
www.instagram.com/marciabrandao.psicopedagoga/

4 de fevereiro de 2018

As aprendizagens das crianças no dia-a-dia

Pais e filhos - compartilhar momentos 2


Você já se perguntou o que você aprendeu hoje? Ou melhor, o que o seu filho aprendeu?

Pois é, todos os dias estamos aprendendo algo novo!

Imagine uma criança. O quanto ela aprende por dia?

Qualquer ação, seja positiva ou negativa será um aprendizado para a criança. Assim sendo, é essencial refletir, junto a ela, cada acontecimento vivido e presenciado. Conversar sobre o lado positivo e negativo de cada ação.

É tão importante quanto, observar suas ações com o seu filho. Qual são os exemplos que vocês pais estão dando aos seus filhos?

Saiba que o seu filho aprenderá mais com o que vê do que com o que escuta. 

Leia também - Sorria, você está sendo filmado pelo seu filho.

Portanto, é primordial vivenciar, junto as crianças, bons momentos. Mostrar boas ações, expressar bons sentimentos, refletir e dialogar sobre comportamentos inadequados realizados por elas. Estimular e inspirar bons pensamentos e ações. Fazer tarefas prazerosas juntos, compartilhar momentos de brincadeiras, de jogos, de imaginações, de leitura de histórias, de aprendizados da vida diária, de conversas, de trocas de carinhos.

Você já pensou qual a qualidade dos momentos compartilhados com o seu filho?

Cada momento prazeroso vivido ao lado do seu filho deixará nele marcas positivas, inesquecíveis em sua vida adulta.

A criança aprende a cada dia. Por que não tornar os dias em momentos de grandes e enriquecedores aprendizados!?

Quer saber mais sobre como fazer isso? 
Visite minhas redes sociais e veja o DesafioKidsCoaching (#desafiokidscoaching). 

Lá você irá encontrar 30 dicas de tarefas a serem realizadas junto ao seu filho, que lhe trarão aprendizados e boas sensações, ao compartilhar momentos em família.


24 de janeiro de 2018

Você sabe o quanto é importante participar da vida escolar do seu filho?


A participação ativa dos pais na vida escolar dos filhos é fundamental para o seu processo de desenvolvimento e aprendizagem. 

Pais que participam da vida escolar de seus filhos criam alunos mais confiantes, seguros, disciplinados, interessados e com melhores desempenhos. Além de, serem capazes de reduzir possíveis problemas de indisciplina, e de auxiliar na percepção de dificuldades de aprendizagem que podem gerar sofrimento aos filhos, buscando a ajuda necessária. 

Sentindo-se acolhido e apoiado pelos pais, os filhos se tornam mais autoconfiantes e seguros diante do novo aprendizado, e geram a autonomia suficiente para gerenciar seus estudos e alavancar sucessos em sua aprendizagem e em seu desenvolvimento. 

Por isso, digo-lhes pais, fiquem atentos ao aprendizados dos seus filhos, o apoiem nos estudos, façam parte da sua vida escolar. 

Um bom pai vale por cem professores.

- Jean Jacques Rousseau


Quer saber mais sobre esse assunto? Reservei um artigo abaixo que contém boas informações sobre o tema. 

Boa leitura!



Avaliação da aprendizagem: como saber se os filhos estão aprendendo?

Fonte: Blog Novos Alunos, disponível em http://novosalunos.com.br/avaliacao-da-aprendizagem-como-saber-se-os-filhos-estao-aprendendo/ 

Quando acontece de durante o ciclo escolar o aluno não ter um alto desempenho, alguns pais cobram a si mesmos com perguntas como: “o que fiz de errado?”, “será que escolhi a melhor escola?” ou “será que posso fazer algo para ajudar meu filho?”.

Você sabia que os pais podem auxiliar seus filhos usando a avaliação da aprendizagem? Continue a leitura deste artigo e saiba como fazer isto.

Os primeiros passos

Para avaliar a aprendizagem e
melhorar o rendimento escolar do seu filho, você não precisa ser especialista no assunto que seu filho está estudando, até porque são muitos os conteúdos da grade escolar. O seu filho não precisa que você responda sem piscar a todas as dúvidas que ele tiver na tarefa; o que realmente importa para ele é saber que pode contar com a família.

Para isso basta um pouco mais de atenção ao estudante. Quanto mais cedo você perceber que ele está com alguma dificuldade na escola, mais rápido poderá ajuda-lo superar, mostrar uma aprendizagem eficiente e ser um aluno mais motivado.

Uma boa ideia é fortalecer a parceria com a equipe da escola, buscar o apoio e esclarecimento de todas as suas dúvidas. Com certeza a equipe pedagógica terá informações preciosas para compartilhar.

Uma outra dica é verificar se está tudo certo com a visão e com a audição do seu filho. Esses bloqueios sensoriais podem ser a causa da sua dificuldade escolar. Caso ele esteja ótimo fisicamente, você pode considerar fazer a verificação da desordem de aprendizagem em aspectos educacionais.

A avaliação da aprendizagem

Avaliar a aprendizagem significa fazer uma análise sobre a forma de ensino que o aluno recebe, ou seja, considerar pontos fortes e oportunidades de melhoria nos aspectos do desenvolvimento e desempenho do aluno. O objetivo verificar os conhecimentos adequados, habilidades conquistadas e buscar ações para ajudar os alunos alcançarem alto desempenho.

Essa avaliação é estendida à gestão escolar, à maneira de atuar dos professores e ao currículo de ensino. É essencial instrumentalizar os pais para a avaliação da aprendizagem dos alunos por meio do conhecimento de como a escola se origaniza.

Os pais devem participar e procurar saber como os seus filhos são avaliados em sala de aula e os instrumentos avalizativos, que incluem: provas, trabalhos, tarefa de casa, seminários, comportamento e apresentações escritas ou orais.

Saber que seu filho terá que resolver uma folha de exercícios ou que na semana seguinte apresentará um seminário pode ajudar a entender como cada instrumento funciona e fazer com que você consiga apoiá-lo.

A importância dos pais no auxílio às tarefas escolares

Segundo o artigo “O desempenho escolar dos filhos na percepção de pais de alunos com sucesso e insucesso escolar”, o auxílio dos pais é muito importante durante as tarefas escolares e influi diretamente no sucesso acadêmico do estudante.

Pais que mostram preocupação com o desempenho de seu filho e observam se o processo de ensino e aprendizagem está sendo efetivo ajudam no desenvolvimento escolar. As mães que conseguem ajudar na aprendizagem dos seus filhos têm em comum as seguintes ações:

.estar presente na resolução das tarefas;

.prestar atenção às dificuldades do estudante.

Essas atitudes asseguram ao filho que ele tem uma base de apoio e faz com que ele se sinta mais interessado e motivado por saber que tem alguém zelando pela sua aprendizagem. O acompanhamento do estudante deve fazer parte da rotina familiar.

Mesmo aqueles que trabalham fora devem estar atentos às tarefas que seus filhos levam para casa, ainda que não consigam efetivamente participar da resolução dos exercícios. Perguntar ao aluno sobre suas dúvidas e como foi seu dia é uma forma de ser participativo e cuidadoso.

As dificuldades de aprendizagem
O livro “Dificuldades de Aprendizagem de A-Z: Guia Completo para Educadores e Pais”, de Corine Smith e Lisa Strick, aborda algumas das dificuldades mais comuns na aprendizagem entre os estudantes e a forma de identificá-las.

Segundo as autoras, o aluno com dificuldades:

.tem antipatia com a escrita e não quer aprender sobre;

.entrega trabalhos escolares sujos, incompletos e com muitas rasuras;

.tem dificuldade para lembrar das formas dos números e das letras;

.inverte com freqüência números e letras;

.tem a ortografia fraca (escreve de acordo com a fala);

.prepara com dificuldade esboços gerais e organiza mal trabalhos escolares;

.faz confusão com letras similares (p e a, b e d);

.faz confusão com palavras similares (preto e perto);

.encontra problemas para achar palavras em sentenças ou letras em palavras;

.tem dificuldades ao segurar o lápis ou caneta (segurando de forma muito apertada ou muito frouxa);

.derrama líquidos ou derruba objetos com frequência.

Estar atento a esse sintomas pode apoiar a trazer mudanças significativas no desempenho do seu filho.

O acompanhamento

Ter um cuidado especial com as datas de provas e testes é muito importante. Saber se as avaliações são bimestrais, trimestrais ou semestrais ajuda sua organização na hora de acompanhar o seu filho. Isso facilita no auxílio ao seu filho na tarefa de passar de ano.

Acompanhar o boletim também é de suma importância. Algumas escolas disponibilizam as notas em uma plataforma online e quando o boletim estiver impresso procure saber como é o processo de entrega dos resultados no colégio do seu filho.

Para continuar acompanhando o desempenho do seu filho e avaliar a sua aprendizagem, você pode seguir as dicas abaixo:

.saber identificar problemas de aprendizado;

.acompanhar as notas;

.conversar sobre temas aprendidos na escola;

.participar de reuniões com professores;

.escutar as queixas do filho sobre a escola etc.;

.identificar se seu filho está realmente absorvendo o conteúdo;

.observar se estão com alguma dificuldade;

.estimular a leitura.

Para colocar essas dicas em prática, você pode fazer algumas vezes por semana as perguntas a seguir para seu filho:

Qual tarefa você tem hoje?

Quando vai ser sua prova de matemática (português, geografia etc.)?

Qual o seu cronograma de estudos da semana?

Quanto tempo de estudo você acredita que precisará para sua a tarefa de hoje?

Quando você planeja concluir seu trabalho escolar?

Precisa de algum reforço?

Essas perguntas simples fazem o estudante saber que sua família está prestando atenção a ele e torna-o mais confiante. Estar engajado na educação dos filhos, fazendo a avaliação da sua aprendizagem cria estudantes mais autônomos, criativos e com vontade de ter um bom desenvolvimento escolar.

Dialogar com a escola e ser participativo, mesmo com a vida corrida de hoje em dia, talvez seja o suporte que o aluno precisa para estar mais estimulado nos seus estudos.

21 de janeiro de 2018

Eu não consigo aprender!?


Por que você acha que não consegue aprender?

Será que é mesmo tão difícil ou você é quem torna isso difícil?

De certo, há inúmeras razões para que uma pessoa tenha dificuldades em aprender, como questões neurológicas, orgânicas, pedagógicas, entre outras.

E para saber em detalhes o que pode estar causando essa dificuldade, é preciso à investigação de um profissional especialista no assunto. Não há como você sozinho descobrir isso.

Porém, nesse momento, não quero me deter a essas questões, e sim em um ponto essencial que pode estar impedindo ou criando dificuldades em sua ação para aprender.

Provavelmente, se você se interessou em ler esse artigo, você já disse a si mesmo: eu não consigo aprender!

Ou porque é curioso em saber mais, o que é muito bom para um aprendiz!

Pois bem, muitas vezes o que impede ou prejudica uma pessoa em aprender com mais facilidade um determinado conteúdo, ou o aprendizado no todo, pode ser simplesmente a NÃO confiança depositada em si mesmo.

Não acreditar que você possa ser capaz de aprender algo, já cria em você uma maior desmotivação, pode te cegar para o conhecimento e te impedir de assimilar o aprendizado de uma maneira saudável e mais tranquila.

Afinal, nossa inteligência não é neutra e nem atua independente das emoções, dos desejos, dos sonhos, das frustrações, das angústias...

Portanto, acreditar que você é capaz já é um grande passo no sucesso de sua aprendizagem.

Somos todos capazes de aprender, porém muitos não enxergam em si essa capacidade e acabam bloqueando o seu processo ou limitam-se através da observação que o outro tem sobre eles.

Imagine se você quando criança, no instante em que estava aprendendo a andar e após muitas quedas, cogitasse: isso não é pra mim!

Será que você teria aprendido a andar?

Então pense dessa mesma forma sobre sua aprendizagem.

Talvez você possa ter quedas, mas nunca deixe de acreditar em sua capacidade para aprender algo, esteja você motivado para isso ou não.

Quando confiamos em nossa capacidade e nos empenhamos para conseguir realizar ou aprender algo, criamos em nós uma motivação que nos move para a ação, e que não nos deixa desistir. Seja essa motivação gerada por nossa vontade em mostrar que somos capazes ou pelo desejo real em aprender determinado assunto.

Enfim, não importa o que te move, mas sim a confiança em sua capacidade de conquistar a sua aprendizagem.

Assim, ao pensar e agir dessa forma, você já estará dando um grande salto no seu aprendizado, mesmo que suas dificuldades possam ter sido geradas, em grande parte, por algum déficit presente.

Contudo, se ainda assim você sentir dificuldades que lhe fazem se esforçar em dobro, procure a ajuda de um profissional.

Ninguém precisa passar a vida sofrendo por não conseguir realizar algo, muito menos por não aprender.

Nunca desista de você ou do que você quer, e considere que:

“Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam” 
-Henry Ford

Por Márcia Brandão

20 de janeiro de 2018

Dificuldade ou Transtorno de Aprendizagem?



Você compreende a diferença entre Dificuldade e Transtorno de aprendizagem?

Ainda hoje muito se confunde na definição de um Transtorno ou de apenas uma dificuldade na aprendizagem, e isso muitas vezes ocorre devido à busca de uma explicação imediata para o causador dos problemas de aprendizagem em uma criança, esquecendo-se por vezes dos inúmeros fatores que estão envolvidos nesse processo, dando assim maior atenção as características apresentadas, e as relacionando a algum Transtorno de Aprendizagem.

Contudo, é importante destacar que muitas das dificuldades que envolvem a aprendizagem são, em grande parte, oriundas de falhas exclusivamente pedagógicas ou da falta de estimulação adequada, assim como das relações estabelecidas durante o processo de desenvolvimento infantil.

Portanto, conhecer e distinguir uma Dificuldade de um Transtorno de Aprendizagem é fundamental no direcionamento das estimulações e intervenções pedagógicas, a fim de se evitar as angústias da criança em encarar o seu processo de aprendizagem.

Mas afinal, o que diferencia Dificuldade de Transtorno de Aprendizagem?

Quando falamos em Dificuldades de Aprendizagem nos referimos a toda e qualquer questão que gere problemas no desempenho escolar da criança ou do adolescente.

São classificadas como dificuldades mais pontuais e que podem ser desenvolvidas por questões pedagógicas, por falhas na metodologia de ensino utilizada, pelo ambiente físico e social da escola, assim como por deficiências visuais ou auditivas, problemas emocionais, comportamentais ou neurológicos.

Quanto aos Transtornos de Aprendizagem, esses estão exclusivamente relacionados às disfunções cognitivas e neurofuncionais, e apontam para dificuldades na aquisição normal da aprendizagem em três domínios acadêmicos – leitura, escrita e matemática.

Tais dificuldades não têm qualquer relação com o nível de inteligência da pessoa, apontando assim uma discrepância entre o que representam na escola e o que fazem na vida. Ou seja, não são incapazes de aprender, mas a forma como aprendem é que é diferente, e isso requer atenção e métodos de ensino apropriados.

Existem alguns sinais que podem ser indicativos de um Transtorno de Aprendizagem como:

.História familiar semelhante;

.Atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, em áreas motoras e de linguagem;

.Dificuldades na memorização de atividades que envolvam a linguagem – leitura, letras, formas gráficas e números;

.Dificuldade crônica e persistente para aprender as habilidades acadêmicas, mesmo aparentando ser muito inteligente e sem sinais de problemas neurológicos;

.Dados clínicos como baixo peso ao nascer, prematuridade, crises convulsivas, traumatismos, entre outros.

Entretanto, em alguns casos, as dificuldades desenvolvidas por um Transtorno podem não se manifestar completamente até que as exigências pelas habilidades acadêmicas afetadas excedam as capacidades limitadas do indivíduo.

Os Transtornos de Aprendizagem são classificados como: Dislexia, Disgrafia, Disortografia, Discalculia e Transtornos não-verbais

A avaliação dos Transtornos é exclusivamente clínica, e deverá ser realizada através de avaliações interdisciplinares que podem revelar déficits cognitivos, anormalidades na estruturação da linguagem e dificuldades pedagógicas persistentes nas habilidades de leitura, escrita e matemática.

Diagnosticada essa condição, será necessário que o ambiente escolar faça ajustes em sua metodologia para que a criança ou o adolescente não passe por sofrimentos desnecessários em seu processo de aprendizagem, pois o esforço mental dessas pessoas é maior do que as de desenvolvimento típico.

Todavia, independente do caso, o trabalho de intervenção deve ser direcionado a investir no potencial do sujeito, ajudando-o a superar as suas dificuldades sejam elas causadas por Transtornos ou não.

Essa informação lhe foi útil? Esclareceu suas dúvidas?

Quer saber mais? Fique de olho nos próximos artigos.

Por Márcia Brandão

14 de janeiro de 2018

O que há de errado com o meu filho?


Você já se questionou de que algo não vai bem com o seu filho ou foi alertado sobre?

Algumas vezes você irá se deparar com questões de ordem comportamental, de desenvolvimento ou na aprendizagem dos filhos, que fogem da sua compreensão e apoio.

Quer saber mais? Leia também o artigo Você já observou seu filho hoje?

Portanto, nesse momento, é hora de buscar ajuda profissional!

Muitos pais já se questionaram do porquê de algo não se apresentar do jeito como planejaram para seus filhos e, por vezes, culpam-se acreditando que fizeram algo de errado ou culpam a criança por estar assim.

A dúvida torna-se a maior questão, e assim aparecem as perguntas:

. Onde foi que eu errei?

. O que há de errado com o meu filho?

. Por que ele não fica quieto nunca?

. Por que meu filho age assim? Eu faço tudo por ele.

. Por que ele é tão desobediente em casa e na escola?

. Por que para o meu filho é tão difícil aprender?

. Como meu filho pode não saber isso, se ele acabou de aprender na escola? [...]

Se você, pai ou mãe, já se flagrou fazendo essas e outras perguntas semelhantes, definitivamente, algo não vai bem!

É preciso entender melhor o que pode estar causando maus comportamentos e problemas no desenvolvimento e na aprendizagem dos filhos.

Para saber que algo não vai bem, além dos problemas vivenciados por vocês pais, é essencial compreender que toda criança passa por um marco de desenvolvimento.

Ainda que algumas delas possam apresentar demora em determinados aspectos em relação aos de mesma idade cronológica, existe um período esperado para a aquisição de certas ações ou aprendizagens, que são referências para saber se o desenvolvimento está seguindo o seu curso ou se há dificuldades e necessidades de estimulação em algum aspecto.

Então fiquem atentos quando algum comportamento ou não aprendizado do seu filho se difere muito em relação aos seus pares.

Isso vale também para alguns profissionais do espaço terapêutico, visto que ainda existem profissionais que consideram que muitas crianças ou adolescentes agem inadequadamente ou não aprendem porque são teimosas, preguiçosas, por pura e simples falta de limite dos pais ou por que seu ritmo é diferente.

Portanto, seja você pai ou profissional, é hora de entender melhor e investigar o que pode estar causando tais comportamentos ou dificuldades.

É preciso que haja uma avaliação detalhada a fim de que se verifique de onde realmente estão surgindo tais alterações, que podem ter relação com fatores socioafetivos, pedagógicos, cognitivos ou orgânicos, assim como pela falta de estímulos ou de um ambiente favorável as aprendizagens.

Enfim, sejam por questões neurológicas, problemas na interação com o professor, falta de motivação, falhas no processo pedagógico, erros na educação familiar, falta de limites ou por qualquer outra questão em desacordo, é imprescindível a busca por uma avaliação e orientação de um profissional especializado nessas questões.

A procura por um diagnóstico, a fim de detectar quais os prejuízos apresentados, é fundamental na intervenção para a melhoria dos problemas presentes e na prevenção de dificuldades futuras, assim como no aconselhamento aos pais para que possam compreender tais problemas e agir de forma adequada diante a eles, apoiando seus filhos e evitando que maus comportamentos se intensifiquem.

O importante é não deixar que a criança ou o adolescente passe sua vida sendo rotulado por apresentar comportamentos inadequados ou por não se desenvolver plenamente em seu processo educacional, encarando a escola como um sofrimento e se sentindo, na vida social, como “um estranho fora do ninho”.

Por Márcia Brandão

22 de outubro de 2017

5 questões essenciais a serem consideradas no momento de buscar o diagnóstico



Pais, vocês já perceberam, ou foram alertados pela escola, que algo não está indo bem no desenvolvimento e/ou na aprendizagem dos seus filhos?

Mas e agora, o que fazer?

Primeiramente, mantenha a calma! Agora é hora de buscar uma ajuda profissional.

Contudo, é preciso ficar atento e ter prudência nesse momento.

Pois, na busca ansiosa por um profissional capaz de dar o diagnóstico correto diante aos problemas apresentados e denominar o que há de errado com o filho, muitos pais se esqueçam de questões essenciais que devem nortear a procura e o processo, e ficam fixados apenas em encontrar o diagnóstico e, por vezes, se esqueçam que o mais importante no momento é solucionar o problema.

De fato, encontrar a razão do que vem causando tanta aflição no processo de desenvolvimento e aprendizagem do filho, que refletem em problemas no meio familiar, social e escolar, é sim relevante.

Porém, é necessário que se pense sobre 5 questões essenciais a serem consideradas no momento de buscar o diagnóstico

Então, é hora de compreender o que realmente importa nesse momento:

1 – Façam a si mesmos as seguintes perguntas: estamos em busca da denominação do problema ou da solução dos problemas do nosso filho?

2 – Compreendam que identificar os prejuízos a serem tratados é tão ou mais essencial que denominar o que os causa. Ainda que, a denominação tenha sim sua importância e faça parte do diagnóstico.

3 – Entendam que nesse momento o mais importante é saber como auxiliar seu filho a superar as dificuldades apresentadas.

4 – Aceitem que diante ao resultado da avaliação diagnóstica, identificada as dificuldades que interferem no processo de desenvolvimento e aprendizagem de seu filho, é preciso, desde já, iniciar o tratamento. Independente de ter sido dado, ou não, um nome as causas do problema.

5 – Observem a proposta terapêutica. O profissional que conhece os problemas, que causam prejuízos ao desempenho de seu paciente, tem o saber necessário para desempenhar atividades que visam o seu desenvolvimento e assim impulsionar sua capacidade para resolver questões pertinentes à sua vida familiar, social e escolar.

E, de agora em diante, sejam parceiros nesse processo, sigam as recomendações e orientações para as modificações necessárias, apoiem seu filho, compreendam suas necessidades, mas não deixem de dar a ele a independência e a autonomia necessária para o seu processo de desenvolvimento.

Essa informação lhe ajudou? Quer saber mais?
Então leia também o artigo que há de errado com o meu filho?

Por Márcia Brandão

9 de outubro de 2017

10 ações essenciais ao bom professor



Professor, você já se perguntou por que o seu aluno não aprende ou por que ele não gosta da sua aula?

Decerto, as respostas a essas perguntas podem ser um tanto quanto complexas e, às vezes, só poderão ser esclarecidas através da avaliação de algum especialista; porém, existem algumas atitudes que você deve exercer em sua função pedagógica e que podem contribuir, e muito, para o melhor aprendizado e interesse dos seus alunos.

Você sabe quais atitudes são essas? Talvez você até já as utilize em seu fazer diário como professor, caso sim, parabéns! Você está na lista dos bons professores.

Quer saber quais são elas? Então continue sua leitura e veja quais são as 10 ações essenciais ao bom professor.

# 1 CONHEÇA OS SEUS ALUNOS

Professor, o que você sabe sobre o seu aluno?

Entender e identificar quais são as dificuldades, assim como as habilidades, as reações e os comportamentos daqueles que ensinamos, é fundamental ao bom desenvolvimento da aprendizagem.

Diante a qualquer dificuldade do aluno é importante que o professor reflita sobre o que pode estar interferindo em seu aprendizado: será o seu método de ensino ou será uma questão pessoal do aluno?

Conhecer, assim como acolher o aluno perante suas dificuldades, trará um novo caminho na aprendizagem, que surtirá de início já bons resultados, ainda que o aluno necessite de um auxílio profissional específico.

# 2 FAVOREÇA O ACESSO AO SABER

Nem todos os alunos aprendem da mesma forma, por isso o seu método não funcionará e não agradará a todos, daí a importância de conhecer e entender a forma como cada um absorve o conhecimento, e assim favorecer o acesso ao saber, permitindo aos seus alunos agir sobre o que lhe é ensinado através de suas diferentes formas de aprender.

Para tanto, é fundamental que o professor encontre diferentes maneiras de expor o seu conteúdo, ou seja, ora de forma verbal, ora visual, ora através da experiência e estudo de casos, ou unir cada uma delas em um único momento, para assim despertar e facilitar o aprendizado dos seus alunos, seja qual for o estilo de aprendizagem de cada um.

# 3 COMPREENDA OS MEDOS E ANSEIOS

Perceba e compreenda como o seu aluno reage diante à participar de trabalhos em grupo ou ler em voz alta.

Muitos alunos apresentam uma personalidade tímida e insegura, você não pode esperar que todos reajam de forma positiva a tudo que sugerir, entenda os medos e anseios de seu aluno e evite constrangê-lo diante a uma reação de hesitação nessas ações, pois, ao agir dessa maneira, provavelmente, você irá afastá-lo ainda mais do conhecimento.

A responsabilidade e o respeito pelos sentimentos do outro é um dos aspectos mais importantes na relação entre professor e aluno.

# 4 AUXILIE O ALUNO EM SEU APRENDIZADO

Percebida e/ou já confirmada à dificuldade de um aluno perante a aprendizagem, dê a ele a oportunidade de compreender no que precisa melhorar e incentive-o de forma construtiva. Se necessário, recomende uma ajuda profissional quando notar de que ele precisa de um maior auxílio, além do seu apoio.

Saiba que, ao se sentir acolhido por um professor que se interessa por ele, o aluno pode retribuir esse acolhimento renovando e despertando o seu interesse pela aprendizagem.

# 5 NÃO SE PONHA EM UMA POSIÇÃO SUPERIOR DE DETENTOR ABSOLUTO DO CONHECIMENTO

A conduta do professor diante aos seus alunos influi sobre a motivação, afetividade, e a determinação do aluno ao aprendizado.

Não se coloque numa posição superior de detentor do conhecimento, do tipo que só aplica provas dificílimas, que não tem tempo para explicar uma segunda vez e que não mantém um espaço para a aproximação do aluno...

Pois, o bom professor transmite aos seus alunos a sua disponibilidade, e não a sua ausência.

Mostre aos seus alunos que os ouve, que reconhece suas realizações, assim como suas dificuldades, que os apóia e que respeita o ritmo e estilo de aprendizagem de cada um, e, dessa forma, estará aproximando-os ainda mais do objeto do conhecimento.

# 6 PROMOVA UM BOM RELACIONAMENTO COM SEUS ALUNOS

O bom relacionamento entre professor e aluno torna o aprendizado mais eficiente, fazendo com que exista um maior comprometimento de ambas as partes.

Ver os seus alunos interessados, com certeza, despertará em você uma maior vontade de ensinar e partilhar o seu conteúdo. E, do outro lado, estará o aluno sentindo-se mais seguro, aprendendo com mais facilidade e aventurando-se com mais segurança no terreno da aprendizagem, e considerando-a mais estimulante.

Portanto, seja aquele professor que cria um vínculo positivo e seguro com seus alunos, sem deixar de agir de forma na qual seja respeitado e admirado.

# 7 CRIE UM AMBIENTE DE APRENDIZAGEM ESTIMULADOR

O processo de aprendizagem deve ter sempre um sentido lúdico, seja o seu aluno uma criança, um adolescente ou um adulto.

Para tanto, desperte em seus alunos a curiosidade diante ao conteúdo lecionado, crie um ambiente de aprendizagem estimulador com recursos e atividades variadas, filtre o que é realmente importante a ser aprendido por eles, ou os dê uma maior compreensão do porquê de estar estudando tal conteúdo.

Faça com que eles se envolvam e participem em suas aulas, sem que se sintam obrigados.

# 8 ACREDITE NA CAPACIDADE DE SEU ALUNO

Classificar seu aluno como um mau aluno e pronto, vendo-o como um ser preguiçoso e desinteressado, fará somente com que ele se torne um aluno ainda mais desinteressado, que vê você, professor, como um péssimo professor.

Por isso, é fundamental que o educador acredite na capacidade que todos têm de aprender, ainda que, cada um no seu próprio ritmo.

Contudo, você precisa estar atento se a sua proposta de trabalho está sendo compreendida por todos, e assim, se necessário, reorganizar suas atividades diárias encontrando novos caminhos para uma melhor aprendizagem.

# 9 ENSINE SEUS ALUNOS A APRENDEREM COM OS ERROS

Dê uma maior abertura para que seus alunos tirem dúvidas sobre um conteúdo não compreendido ou diante a uma nota ruim, incentive-os e ensine-os a aprenderem com os erros. Errar é uma das melhores maneiras de se aprender.

# 10 AVALIE SEUS ALUNOS DE DIFERENTES MANEIRAS

Pode ser que alguns de seus alunos não apresentem um bom desempenho ao realizar suas avaliações escritas, mas isso não significa que não estejam compreendendo o que lhe é ensinado, existem inúmeras razões que fazem com que um aluno não apresente um bom desempenho no momento das provas.

Avaliá-los por meio de provas difíceis não medirá seu aprendizado, apenas lhe causará uma reprovação ou uma desmotivação desnecessária.

Portanto, encontre diferentes meios de confirmar se o seu aluno chegou ao propósito de aprendizado daquele conteúdo.

Mas, se ainda assim, ao fornecer diferentes maneiras de avaliar o aluno, notar que o problema está além do que você pode auxiliar, tendo já aplicado todas as atitudes descritas anteriormente, e o seu aluno não compreende o que lhe é ensinado, não tenha dúvidas, indique este aluno a uma avaliação e acompanhamento profissional que, certamente, poderá melhor auxiliá-lo em seu processo de aprendizagem.


Por Márcia Brandão